segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Restringir a propaganda de bebidas alcoólicas diminui o consumo?

       Artigo de opinião: Propaganda de bebida alcoólica, o outro lado da questão
O uso de bebida alcoólica está presente em todas as camadas sociais, nas mais diversas culturas e faz parte da história da humanidade.
É bastante comum a presença do álcool em reuniões familiares, profissionais, encontro de amigos, ou seja, eventos dos mais variados tipos.
Os comerciais de TV ostentam diferentes marcas de bebida, mostrando que estes produtos estão associados à beleza física, momentos de descontração e alegria e ao sucesso com o sexo oposto, deixando evidente que quem toma uma determinada marca de cerveja, por exemplo,se dá bem em todos os sentidos, favorecendo assim seu consumo para obter todas essas “vantagens”, digamos assim.
Porém, na prática o resultado não é bem esse. O que vemos ou vivenciamos no cotidiano, na maioria dos casos é algo bem diferente.
Vejamos: um homem que adora dar uma “esticadinha” depois do trabalho com os amigos, geralmente possui aquela barriguinha clássica do bom cervejeiro (cadê o cara saradão do comercial?), isso para não dizer daqueles que depois de uns goles  acabam falando demais e acabam sendo taxados de chatos ou inconvenientes( será que as belas garotas gostam de homens assim?), pois se uma bebidinha ajuda a descontrair, quando seu uso é exagerado acaba por frustrar as expectativas, o que não é bom para nenhuma das partes.
Mas beber não é um costume só dos homens não, depois de toda a evolução feminina que tivemos nada mais justo que as mulheres também possam degustar uma boa taça de vinho e por que não, sentar com as amigas em um barzinho charmoso e pedir uma rodada de cerveja ou chope? Afinal conquistamos nosso espaço, somos independentes, dinâmicas, arrojadas, realizadas, capazes e de bem com a vida! Só não vale beber e reclamar do destino, das decepções amorosas e solidão, da insatisfação com o outro, da tristeza da alma e etc. Certo?
E nossos jovens? Quando aparece um que não bebe na turma, se não tiver um pouco de personalidade acaba bebendo por pressão, pois se corre o risco de ficar excluído do grupo. O consumo exagerado de álcool entre os jovens é notório, basta ir a uma festa, boate, show ou algo do gênero que lá estão eles, com o copo ou lata na mão, afinal são jovens, e é isso que mostram os comerciais de TV, jovens bonitos com lindas garotas, curtindo a vida com entusiasmo e... bêbados .
No entanto, o que dizer dos acidentes terríveis que acontecem no trânsito, depois das festas, das baladas regadas à bebida, que tiram a vida de maneira tão brutal e precoce de nossos jovens? Apesar de existir uma lei que proíbe que o cidadão dirija embriagado, a chamada Lei seca. O que dizer de mães e pais que perderam a vontade de viver depois de perder seus filhos de forma tão violenta por culpa do álcool?
Vale lembrar que os comerciais de TV não mostram esse lado da bebida, naturalmente não seria nada animador mostrar as vítimas do álcool, a tristeza e o desespero dos entes queridos e amigos, não é mesmo?
Portanto, acredito e afirmo veementemente que as propagandas de bebidas alcoólicas  deveriam ser proibidas, pois mostra algo irreal, estimula e influencia sim o consumo do produto, mas omite as conseqüências desastrosas e trágicas que este causa.
Obviamente, estes comerciais, influenciam e sugerem que fins de semana, encontro com amigos e diversão sejam sinônimos de” bebedeira”, dando a entender que para ser feliz é necessário estar com um copo na mão, pois do contrário aparentamos ser “chatos e sem assunto”. Quando na verdade o ideal é que o ser humano tenha personalidade, seja único e original, que tenha liberdade e autonomia para decidir o que é bom ou ruim para si mesmo, e não se deixar levar por propagandas enganosas e ilusórias, que na verdade seu único objetivo é vender o produto. Nada além.
           Professora Silvia Gonçalves Garcia-19/12/2011


Um comentário:

  1. Olá, Sílvia, parabéns pela criação do blog e pela qualidade das excelentes postagens realizadas. Sua participação no curso foi de extrema importância. Beijos, Tamar e Virgínia.

    ResponderExcluir